Aster é a sigla em inglês para Radiômetro Avançado de Emissão e Reflexão Térmica. Em outras palavras, um escaner de infravermelho capaz de imagear a Terra através das ondas de calor emitidas ou refletidas pela superfície. A cena mostrada foi feita no período noturno e para que os detalhes pudessem ser realçados, foi falsamente colorizada. Nesta imagem, quanto mais quente, mais brancos são os pixels da imagem.
Como era de se esperar, a área de maior temperatura é a do interior da caldeira do vulcão e o arco ligeiramente menos quente ao seu redor é sua borda. A coluna de fumaça púrpuro-escura que sopra em sentido nordeste a partir do topo da montanha é nitidamente bem mais fria.
Apesar de apresentar temperatura mais baixa, a pluma vulcânica representa um sério risco, já que contém enormes quantidades de cinzas e dióxido sulfúrico. Ao contrário das cinzas comuns resultantes da queima da vegetação, esse tipo de cinza consiste de minúsculas e ásperas partículas de pedra e vidro. Além de perigosas à respiração, as cinzas vulcânicas também encobrem a vegetação, causando doenças graves nos animais que delas se alimentam.
Por outro lado, a combinação do dióxido sulfúrico (enxofre) com a poeira, vapor de água e outros gases presentes na atmosfera, produz uma intensa neblina conhecida como "vog", que quase sempre impede o vôo de aeronaves nos arredores da montanha.
A caldeira de Chaintén mede cerca de 3.5 quilômetros de diâmetro e contém um domo formado por lava obsidiana, de aspecto vítreo. Devido à altitude, seu cume e parte da encosta estão normalmente cobertos de neve. O piso da caldeira é ocupado por dois lagos, ao norte e oeste do domo de lava.
A erupção de 2 de maio marcou o fim de um período de inatividade de aproximadamente 9 mil anos. A última explosão pirotécnica registrada pela montanha remonta ao ano de 7420 AC.