Para fazer o retrato, o fotógrafo Vincent Bouchama fez uma série de exposições automáticas, cada uma delas com três minutos de intervalo, o que permitiu capturar cada uma das etapas do evento, desde a primeira mordida da lua no disco solar até o momento em que o satélite desobstrui totalmente a estrela.
Na localidade do registro, chamado Hermoso Valle, em Facundo, Argentina, o ápice do eclipse durou cerca de 45 segundos e foi marcado pelo conhecido anel de fogo, quando a Lua penetra totalmente dentro do disco do Sol, deixando de fora apenas um pequeno círculo iluminado.
Isso acontece porque o movimento da Lua ao redor da Terra não é um circulo perfeito, mas uma elipse e embora seu tamanho angular seja na média igual ao do Sol, em alguns momentos sua localização dentro da elipse a afasta ou a aproxima mais da Terra, o que reflete diretamente em seu tamanho no céu e consequentemente na porção coberta do Sol.
No momento, a Lua está perto do ponto de maior afastamento e por isso não cobrirá totalmente o disco solar. Se estivesse no ponto mais próximo, teríamos o chamado eclipse total e o céu se transformaria em noite por alguns minutos.