Congonhas é o principal elo de ligação entre as duas maiores capitais do país - Rio e São Paulo - e para quem viaja a negócios entre essas duas cidades, não há nada mais prático. Para se chegar ao centro da cidade existem muitas opções, até mesmo o metrô, que passa quase ao lado.
O problema é a localização do aeroporto e o tamanho de sua pista. Quem mora ao lado, sabe bem o que isso significa. Os aviões passam "raspando" os prédios e residências e um dos maiores shoppings da cidade fica a poucos quarteirões da cabeceira da pista. Quem passa pela primeira vez pela Av. Ibirapuera, acha que os aviões estão caindo. A pista por sua vez, de apenas 1930 metros, é considerada por muitos profissionais, muito curta para receber aviões de grande porte, já que não tem comprimento adequado para as operações de frenagem mais crítica.
Devido ao trágico acidente com o Airbus A-320 da TAM, que se chocou com o depósito de cargas da própria companhia no último dia 17 de julho, a poucos metros da pista do aeroporto, muito tem se falado a respeito das condições de segurança e do comprimento da pista do aeródromo.
Para ilustrar a discussão, separamos quatro imagens de satélites do nosso aplicativo Satmaps. As imagens mostradas comparam os diversos tamanhos de pista de quatro principais aeroportos do país.
Pelas cenas vemos que Viracopos, na cidade de Campinas, próxima a São Paulo, tem 3240 metros de pista. Guarulhos, a menos de 20 quilômetros do centro da cidade, possui uma pista de 3700 metros e Galeão, no Rio de Janeiro, 4 mil metros. Congonhas, que recebe um fluxo maior do que todos os outros, possui apenas 1930 metros.
Observando-se o aeroporto de Congonhas pode se notar que, se o Airbus não tivesse virado à esquerda, o destino da aeronave seria as movimentadas avenidas da cidade, a frente da cabeceira da pista.