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Imagens de satélite registram formação de ilha vulcânica no Pacífico

Quarta-feira, 8 jul 2020 - 08h41
Por Rogério Leite
Desde que veio à tona em março de 2013, uma jovem ilha vulcânica situado no Pacífico ocidental vem chamando a atenção dos especialistas. Seu crescimento bate recordes e algumas erupções recentes arremessaram material piroclástico a mais de 2.5 km de distância.

Ilha vulcânica de Nishinoshima, registrada em cores reais pelo satélite Aqua, em 6 de julho de 2020.

Chamada Nishinoshima, a ilha faz parte do arquipélago de Ogasawara, um arco de ilhas vulcânicas situado a cerca de 1000 quilômetros ao sul de Tóquio, no Japão.

Imagens registradas por satélites de sensoriamento remoto mostram alguns eventos eruptivos recentes. A cena acima, registrada em cores reais pelo satélite Aqua, da NASA, foi obtida em 6 de julho de 2020, aproximadamente quinze dias após a última erupção. Nela podemos observar que a nuvem vulcânica se estendia a centenas de quilômetros ao norte, a mais de 4 mil metros de altura.

A imagem seguinte, feita em cores falsas, foi obtida pelo satélite Landsat 8, em 4 de julho de 2020. A cena combina comprimentos de onda visíveis e infravermelho próximo, o que permitiu revelar a assinatura de calor da lava e a relativa frieza da nuvem de cinzas soprando para o norte. As nuvens roxas brilhantes próximas das da ilha são consequência do vapor expelido pelo vulcão e também da água do mar vaporizada pela lava.

Ilha vulcânica de Nishinoshima, registrada em luz visível e infravermelho pelo satélite Landsat 8, em 4 de julho de 2020.

Segundo relatos e fotografias aéreas feitas pela Guarda Costeira do Japão, as atividades no vulcão parecem ter aumentado no final de maio, expelindo cinzas e lava com mais vigor do que observado nos meses anteriores.

Em 3 de julho, a pluma vulcânica subiu 4700 metros acima do nível do mar e no dia seguinte cinzas foram detectadas em 8300 metros de altitude, maior nível desde que o vulcão subiu acima da superfície em 2013. De acordo com a guarda costeira, a potência da erupção foi a maior já registrada, com rochas vulcânicas sendo ejetadas a 2.5 quilômetros.

Segundo a Autoridade de Informação Geoespacial do Japão, com base em informações coletadas pelo satélite TROPOMI, da ESA (Agência Espacial Europeia ) a porção sul da ilha cresceu entre 140 e 180 metros entre 19 de junho e 3 de julho de 2020, o maior aumento observado em uma ilha vulcânica neste intervalo de tempo.

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