A primeira delas foi feita às 15h15 (hora local) pelo satélite NOAA-16, aproximadamente duas horas antes do início do fenômeno. Na imagem podemos ver que a cidade estava sob céu encoberto, abaixo das pesadas nuvens da tempestade que se formou sobre a cidade, vista aqui abaixo do círculo vermelho.
A segunda imagem foi feita no espectro infravermelho, já que não havia mais luz solar, ao contrário da primeira, feita com forte iluminação.
O aviso foi emitido em boletim especial da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo (RS) na última semana.
O meteorologista Eugênio Hackbart, responsável técnico pela informação, explica que a circulação intensa e irregular de ar úmido da Amazônia em direção ao Mato Grosso do Sul, São Paulo e Estados do Sul esperada para este inverno vai favorecer a ocorrência do fenômeno sempre que essas massas tropicais encontrarem frentes frias vindas do Pólo Sul.
Os tornados se formam do choque do ar úmido e quente com o ar seco e frio que dá origem a uma espiral de vento com velocidades capazes de arrancar telhas e galhos de árvores, até, nos casos extremos, acima de 420 quilômetros por hora, levantar e arremessar casas e carros a centenas de metros de distância.
Hackbart observa que repetem-se em 2005 as condições meteorológicas de 1943 e 1977, quando, após período de longa estiagem, os Estados do Sul, enfrentaram ventanias devastadoras. A diferença é que à época a observação não contava com os equipamentos e nem das informações disponíveis atualmente.
Elder Ogliari /AE