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Imagens de satélites mostram momentos antes e depois do tornado em Indaiatuba

Quarta-feira, 8 jun 2005 - 06h43
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Imagens inéditas, processados pelo Apolo11 nesta quarta-feira, mostram a região de Indaiatuba, a 100 km da capital paulista, em dois momentos distintos.

A primeira delas foi feita às 15h15 (hora local) pelo satélite NOAA-16, aproximadamente duas horas antes do início do fenômeno. Na imagem podemos ver que a cidade estava sob céu encoberto, abaixo das pesadas nuvens da tempestade que se formou sobre a cidade, vista aqui abaixo do círculo vermelho.

A segunda imagem, feita pelo satélite NOAA-15 aproximadamente meia hora após o tornado, não apresenta muita diferença visual, exceto pelo fato de que a camada de nuvens parece menos densa, indicando ligeira dissipação. A cidade está assinalada em vermelho.

A segunda imagem foi feita no espectro infravermelho, já que não havia mais luz solar, ao contrário da primeira, feita com forte iluminação.


Climatologia prevê onda de tornados no Brasil


Tornados como o que arrasou parte de Indaiatuba no último dia 24 de maio podem se repetir diversas vezes neste ano por conta da grande irregularidade térmica da atmosfera prevista para os próximos meses.

O aviso foi emitido em boletim especial da Rede de Estações de Climatologia Urbana de São Leopoldo (RS) na última semana.

O meteorologista Eugênio Hackbart, responsável técnico pela informação, explica que a circulação intensa e irregular de ar úmido da Amazônia em direção ao Mato Grosso do Sul, São Paulo e Estados do Sul esperada para este inverno vai favorecer a ocorrência do fenômeno sempre que essas massas tropicais encontrarem frentes frias vindas do Pólo Sul.

Os tornados se formam do choque do ar úmido e quente com o ar seco e frio que dá origem a uma espiral de vento com velocidades capazes de arrancar telhas e galhos de árvores, até, nos casos extremos, acima de 420 quilômetros por hora, levantar e arremessar casas e carros a centenas de metros de distância.

Hackbart observa que repetem-se em 2005 as condições meteorológicas de 1943 e 1977, quando, após período de longa estiagem, os Estados do Sul, enfrentaram ventanias devastadoras. A diferença é que à época a observação não contava com os equipamentos e nem das informações disponíveis atualmente.

Elder Ogliari /AE

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