As grandes erupções solares podem interferir diretamente em sistemas de telecomunicação e de posicionamento via satélite na Terra, como rádios e celulares. A energia liberada é semelhante a nuvens gigantes e brilhantes no céu e podem ameaçar inclusive naves espaciais e os astronautas.
Agora, a agência espacial americana pretende avaliar melhor o comportamento do Sol e encontrar mecanismos para prever essas erupções.
As sondas Stereo ajudaram os pesquisadores a mapearem em terceira dimensão a movimentação dos maremotos de energia a partir de imagens captadas pelos telescópios. Os dados são revolucionários para os estudiosos.
Antes desta missão, as medições e dados das erupções de massa coronal só eram observados quando as emanações chegavam à Terra entre três e sete dias mais tarde", explicou o físico solar Angelos Vourlidas, do Laboratório de Pesquisa Naval de Washington.
Agora podemos ver os potentes raios no momento em que deixam a superfície do Sol até a chegada à Terra", acrescentou Vourlidas.
Ejeções de massa coronal são enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de toneladas, que são lançadas ao espaço a velocidades que superam a marca de um milhão de quilômetros por hora. Quando atingem a atmosfera Terra produzem as tempestades geomagnéticas, que podem causar desde belas auroras austrais e boreais até pesados danos em sistemas de comunicação e geração e distribuição de energia elétrica.
Arte: Concepção artísitica mostra uma forte ejeção de massa coronal viajando em direção à Terra. Crédito: Nasa/Laboratório de Pesquisa Naval,Washington.