Ao olharmos para a Lua, sempre vemos as mesmas crateras, mares e montanhas e devido às características orbitais do sistema Terra-Lua, seu outro lado nunca está visível. Isso é um fato, mas não se pode dizer que este lado não seja conhecido.
As fotos foram transmitidas à Terra 11 dias depois, através de transmissão analógica similar ao fac-símile (fax).
Depois da Luna 3, diversas sondas observaram a face oculta do nosso satélite, o que ajudou a compor os modernos mapas lunares usados atualmente.
Ainda não se tem certeza sobre o motivo de tanta diferença, mas se acredita que seja devido à concentração de elementos produtores de calor na face visível, fato observado em mapas geoquímicos obtidos através de espectrômetros de raios gama. De acordo com especialistas, isso poderia ter provocado o aquecimento, fusão parcial, subida à superfície e consequente erupção do manto inferior.
A face oculta tem menos crateras também, o que colabora para uma altitude média 1.9 km superior à face visível.
Dentre as poucas feições que se destacam temos o Mar de Moscou, com 277 km e diâmetro e a cratera de impacto Jackson, com 71 km de diâmetro e que lembra muito a cratera Tycho, no lado visível.
Vale lembrar que embora a face oculta não seja visível, ela não é escura como muitos pensam. A face oculta recebe a luz solar da mesma forma que a face visível, uma vez a cada dia lunar.