Avisos de furacão e evacuação de áreas litorâneas já começam a ser emitidos pelas autoridades dos três países. Em Belize, a população já protege as janelas de suas residências com chapas de madeira e estoca alimentos e água.
Ontem, durante sua passagem pela península de Guajira, Félix provocou chuvas torrenciais de mais de 120 milímetros. Apesar de não rumar diretamente para a costa norte-americana, autoridades daquele país disseram que somente na sexta-feira teriam uma posição mais concreta sobre os rumos da tempestade.
As imagens de satélites recebidas às 09h00 desta segunda-feira mostravam o olho de Félix sobre a latitude 14.2 N e longitude 76.9 W, aproximadamente a 425 km ao sul de Kingston, na Jamaica e 685 km a leste de Cabo Gracias a Dios, na fronteira entre Nicarágua e Honduras.
Félix se move a 33 km/h em sentido oeste e este movimento médio deve se manter pelas próximas 24 horas. Confirmando-se este sentido de deslocamento e velocidade, Félix deverá se aproximar do extremo da costa da Nicarágua e nordeste de Honduras na terça-feira pela manhã.
Observações feitas por um avião caça-furação da NOAA, Administração Oceânica e Atmosférica, dos EUA, os ventos sustentados por Félix atingem 270 km/h com rajadas ultrapassando 290 km/h. Isso faz de Félix um violento sistema de categoria 5 na escala Saffir-Simpson, capaz de produzir ondas de mais de 5.5 metros de altura e destelhamento total da maioria das casas e prédios industriais.
Dados coletados pelo avião de reconhecimento mostram que apesar de Félix ser um furacão de grande intensidade, seu campo de vento é pequeno se comparado ao seu diâmetro. Os ventos com intensidade de furacão se estendem a 45 km a partir do seu centro e ventos de intensidade de tempestade tropical podem ser medidos a mais de 185 km de distância.
A pressão barométrica estimada no centro da tormenta permanece em 93.7 kPa, a mesma da última medição.