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Japão define metas para construção de central de energia solar

Segunda-feira, 14 set 2009 - 09h28
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O Japão sai na frente e anunciou um novo projeto espacial que exige alta tecnologia. O país quer construir uma central de energia solar no espaço, a 36 mil quilômetros da Terra, capaz de enviar energia ao planeta através de raios laser ou microondas.


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A base futurista será equipada com vários painéis que transformem energia solar em eletricidade, com capacidade anual de cinco a dez vezes mais do que painéis utilizados em Terra. Na prática os fluxos energéticos serão transmitidos por raios ou microondas até nosso planeta, onde serão captados por uma enorme antena parabólica que os transformará novamente em eletricidade.
"Como se trata de uma forma de energia limpa e inesgotável, acreditamos que este sistema pode contribuir para resolver problemas de insuficiência energética e do aquecimento da Terra", explicam os pesquisadores da Mitsubishi Heavy Industries (MHI). "A luz do sol é abundante no espaço", destacam os pesquisadores.

Ao lado da MHI está no desenvolvimento do projeto o Instituto de Pesquisa de Dispositivos Espaciais Inabitados, que reúne 17 empresas, entre elas grandes grupos como Mitsubishi Electric, NEC, Fujitsu e Sharp.

O projeto não está só no papel e os japoneses já definiram através de uma licitação as empresas que deverão desenvolver a estação. O prazo para em colocar em órbita o projeto é o ano 2030. Os estudos começaram em 98 e ao todo reuniram 130 pesquisadores.

Serão várias etapas até a conclusão da central de energia espacial. Um satélite de testes destinado à experimentação da transmissão por microondas deve ser colocado em órbita baixa por um foguete japonês dentro de três anos, informou a agência espacial japonesa (Jaxa).

Para a viabilização do projeto o país tem a grande preocupação de produzir eletricidade a um custo que seja competitivo em relação a outras fontes de energia já existentes.



Foto: Disco solar visto pelas lentes do telescópio espacial Soho em julho de 2000, quando o Sol registrou o último período de alta atividade. Créditos: Soho Space Telescope.

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