A imagem mostrada foi feita com auxílio da MastCam, uma câmera panorâmica localizada no topo do mastro do jipe-robô Curiosity e apresenta o pôr do Sol marciano no dia 15 de abril de 2015.
O efeito de névoa ocorreu após duas tempestades de areia e muita poeira ainda estava em suspensão na alta atmosfera, o que aumentou a dramaticidade da foto.
De acordo com Mark Lemmon, ligado à universidade Texas A&M e responsável pelo planejamento das observações da câmera, a cor azulada ocorre devido ao fato de que a poeira é muito fina e tem o tamanho certo para que o comprimento de onda da luz azul penetre a atmosfera com mais eficiência.
"Quando a luz azul se dispersa na poeira ela fica mais perto da direção do sol do que os outros comprimentos de onda. O resto do céu é amarelo, laranja e vermelho e essas cores se espalham por todo o firmamento em vez de serem absorvidos. Assim, a luz dominante é o azul", explica o cientista.
Vale lembrar que esse tom azulado ocorre nos momentos próximos ao pôr do Sol, já que a luz da estrela penetra a atmosfera de modo rasante e tem o efeito potencializado pela poeira em suspensão. Durante o dia, a coloração da atmosfera marciana tem o aspecto avermelhado, criado pelas mesmas partículas de pó de óxido de ferro em suspensão.
Apesar de parecer apenas um fenômeno óptico-atmosférico curioso, as observações do pôr do Sol do Planeta Vermelho ajudam os cientistas a compreender melhor a distribuição vertical da poeira na atmosfera, contribuindo para uma melhora do entendimento da climatologia marciana.