Espaço - Ciência - Fenômenos Naturais

JunoCam envia primeira imagem de Júpiter após aproximação

Quarta-feira, 13 jul 2016 - 09h50
Por Rogério Leite
Seis dias após a crítica manobra de inserção orbital, a sonda interplanetária Juno enviou a primeira imagem do planeta júpiter, feita quando a nave estava a mais de 4.3 milhões de quilômetros de distância.

Planeta Júpiter, visto pela sonda Juno em 10 de julho de 2016, de uma distância de 4.3 milhões de km.

A nova cena foi obtida em 10 de julho de 2016, durante a fase de afastamento da orbita inicial. A imagem foi feita em três momentos diferentes, cada um deles registrando o planeta em três comprimentos de ondas: vermelho, verde e azul. O resultado é uma colorida que revela as feições da atmosfera do gigante gasoso, incluindo a Grande Mancha Vermelha e três de suas quatro luas - Io, Europa e Ganimede - vistas da esquerda para a direita.

JunoCam: Alta Resolução


A JunoCam é uma câmera grande angular montada a bordo da sonda com o propósito de produzir cenas e engajar a sociedade junto à missão. A câmera usa um sensor de 1600x1200 pixels, com um campo de visão de 18x3.4 graus angulares.

Com essas características ópticas, quando a Juno estiver no ponto mais distante da orbita, a 2.7 milhões de km de distância, o gigante gasoso ocupará apenas 75 pixels da imagem, mas quando estiver no ponto mais próximo, a 4300 quilômetros da superfície, será capaz de revelar detalhes de 15 km por pixel.

Em outras palavras, quando a sonda estiver no ponto mais próximo - o perijupiter - a JunoCam revelará quase oito vezes mais detalhes que o telescópio espacial Hubble, que está a 600 milhões de km de planeta e só consegue resolver 119 km por pixel.

Terra, vista pela sonda Juno em 9 de outubro de 2013, durante fase em que a gravidade da Terra ajudou a impulsionar a sonda rumo ao Gigante Gasoso. Observe as faixas que compõem a imagem.

Sem Cliques


A JunoCam não é uma câmera convencional, que faz uma foto única de uma cena a cada clique. Ela utiliza um sistema de varredura que capta uma faixa do planeta de cada vez, na medida em que a sonda gira sobre o próprio eixo a 2 RPM. Isso significa que as imagens são registradas em faixas separadas, uma a uma e posteriormente montadas para formar uma panorâmica.
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