Adams criou um laboratório gelado na Universidade Estadual de Montana (EUA), com um custo de US$ 2 milhões, que possibilita a simulação e o controle das condições climáticas de montanhas no inverno. Dentro do laboratório a temperatura é de - 8°C.
Assim, Adams poderá entender com detalhes como a neve se comporta sob as mais diversas condições e adquirir melhor capacidade para prever uma avalanche.
"A neve parece simples, mas é extraordinariamente complexa" disse Adams. "Se eu colocar uma caixa de neve no refrigerador e voltar depois de uma hora, ela terá mudado significativamente. Ela está quase sempre em um estado constante de movimento", acrescentou o pesquisador.
No laboratório será possível observar a resposta da neve variando fatores como a intensidade do sol e a temperatura.
"O número de fatalidades mostra que a avalanche é um fenômeno difícil de entender," disse Karl Birkeland, cientista do Centro Nacional de Avalanches do Serviço Florestal.
Adams e seus colegas estudaram durante anos o comportamento de avalanches induzidas. Eles instalaram equipamentos em uma cabana localizada em uma encosta íngreme de Bridger Bowl, a 24 km da Universidade de Montana. No topo da encosta, um outro pesquisador disparava bombas que provocavam as avalanches.
A chave para entender o fenômeno e melhorar as previsões, segundo Adams, está na de superfície, onde sol e frio transformam os cristais de neve.
Foto: Cientista Karl Birkeland durante pesquisas de campo durante uma avalanche ocorrida no sudoeste de Montana. Crédito: Doug Chabot/Montana University.