Batizada de 1069, a mancha solar produziu diversos flares de classe C2 e erupções solares que arremessaram ao espaço gigantescas bolas de plasma a mais de 80 mil graus Celsius, grandes o suficiente para engolir a Terra, que não estava na linha de fogo das rajadas.
As erupções na mancha 1069 também foram registradas pelo Observatório de Dinâmica Solar, SDO, da Nasa, que monitora a atividade da estrela durante 24 horas. O vídeo mostra um das erupções lançando partículas a mais de 120 mil quilômetros de altitude, 10 vezes maior que o diâmetro da Terra.
Os flares produzem uma enorme emissão de radiação que se espalha por todo o espectro eletromagnético, e se propaga desde a região das ondas de rádio até a região dos raios X e raios gama.
Como consequência dessas explosões ocorrem as chamadas Ejeções de Massa Coronal, as enormes bolhas de gases ionizados com até 10 bilhões de toneladas, que são lançadas no espaço a velocidades que superam a marca de um milhão de quilômetros por hora.
Quando observadas dentro do espectro de raios-x, que vai de 1 a 8 Angstroms, produzem um intenso brilho ou clarão. A intensidade desse clarão (ou flare) permite classificar o fenômeno.
Os flares de Classe X são intensos e durante os eventos de maior atividade podem provocar blackouts de radiopropagação que podem durar diversas horas ou até mesmo dias.
As rajadas da Classe M são de tamanho médio e também causam blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares. Tempestades menores muitas vezes seguem as rajadas de Classe M.
Por fim existem as rajadas de Classe C, fracas e pouco perceptíveis aqui na Terra.