As cenas foram obtidas no dia 17 de agosto de 2013 pelo instrumento óptico MastCam no topo do jipe-robô Curiosity e retrata em três frames a passagem da lua Phobos na frente do disco solar. O evento ocorreu próximo ao meio dia local, de modo que a câmera precisou ser apontada quase na direção vertical.
Diferente dos eclipses aqui na Terra onde o disco lunar pode encobrir totalmente o Sol, em Marte as coisas são um pouco diferentes. Lá, o tamanho angular de Phobos é bem menor que o do Sol, o que impede que o disco estelar fique totalmente encoberto pela passagem da lua marciana. Neste caso, o eclipse "total" do Sol por Phobos se assemelha a um eclipse do tipo anular, quando o Sol toma a forma de anel ou arco luminoso.
Além disso, devido à distância e velocidade orbital de Phobos, o eclipse registrado não é tão longo como na Terra. Nesta sequência, os frames foram obtidos com apenas três segundos de intervalo entre cada um.
É um mundo bastante irregular, com 26 km de diâmetro e devido à baixa altitude orbital despenca sobre Marte cerca 2 metros por século. Neste ritmo, em 50 milhões de anos as forças gravitacionais romperão o satélite produzindo um anel de rochas e poeira em volta do planeta. Mas até lá, muitos eclipses ainda virão.