O momento de maior aproximação ocorreu exatamente às 23h45 UTC (21h45 pelo horário de Brasília) e permitiu aos diversos astrônomos de todo o mundo observar o planeta um pouco mais de perto.
Marte e Terra ficam mais próximos a cada 26 meses e essa periodicidade ocorre devido às diferenças de órbitas. A Terra gira ao redor do Sol duas vezes mais rápido que Marte, ultrapassando o Planeta Vermelho a cada dois anos aproximadamente. Como as órbitas são elípticas (não circulares), esse encontro não ocorre sempre à mesma distância. Em 2003, por exemplo, a aproximação entre os dois planetas foi quase 32 milhões maior que a deste ano (2007), resultando em imagens muito maiores.
A foto, mostrada acima, é o resultado de uma série de exposições realizadas durante 36 horas da máxima aproximação entre os dois objetos e revela interessantes detalhes da superfície marciana, já bem conhecidos dos antigos observadores. A resolução da imagem é de 21 quilômetros por pixel.
O grande padrão triangular do lado direito é Syrtis Major, enquanto a larga faixa horizontal à esquerda é Sinus Meridani. Foi nesta região que o jipe-robô Opportunity, da Nasa, pousou em janeiro de 2004. Na interseção entre esses dois acidentes geográficos se localiza a cratera Huygens, com 450 quilômetros de diâmetro. Ao sul da cratera está a bacia de impacto de Hellas, com 1760 quilômetros de diâmetro e quase 8 quilômetros de profundidade. Hellas foi formada há bilhões de anos, quando um asteróide colidiu com a superfície de Marte.
A imagem feita pelo telescópio Hubble mostra uma atmosfera livre de tempestades de areia, no entanto uma significante quantidade de nuvens pode ser vista próxima às regiões polares.