A primeira abordagem da sonda ocorreu em janeiro de 2008, 33 anos depois que a sonda Mariner 10 fez a última visita às imediações do planeta, em 1975. A segunda aproximação ocorreu em outubro de 2008, quando a Messenger passou a menos de 200 quilômetros da superfície do planeta. Na manobra de hoje a nave deverá passar a 226 km de distância a uma velocidade de 161 mil km/h, adquirida nas duas impulsões anteriores.
Mercúrio se encontra a 117 milhões de quilômetros da Terra e para entrar em sua órbita em 2011 a sonda dará 15 voltas ao redor do Sol, percorrendo quase 8 bilhões de quilômetros. Devido à pequena distância da estrela, os instrumentos da Messenger são protegidos do calor por um grande escudo protetor, um verdadeiro guarda-sol de 2.5 metros de comprimento construído em cerâmica.
Desenvolvido por cientistas da Universidade do Colorado ao preço de 8.7 milhões de dólares, o instrumento é capaz de registrar os dados até mesmo durante a alta velocidade da aproximação ou mudanças rápidas na posição da nave e com isso mater o "olhar" sob os alvos previamente escolhidos.
Um dos principais objetivos da Messenger é determinar com precisão a quantidade de ferro existente no planeta. "Vamos analisar cada um dos pontos selecionados sob diferentes ângulos. Queremos saber em qual forma química o ferro se apresenta e como está ligado à superfície", disse William McClintock, principal investigador do instrumento Mascs junto à Universidade do Colorado.
O ferro que predomina no núcleo mercuriano é responsável por manter o campo magnético do planeta.
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Foto: Visão geral de Mercúrio durante a segunda aproximação do planeta, a 27 mil km de distância. A cratera que aparece em destaque é Kuiper, identificada pela primeira vez pela missão Mariner 10, na década de 1970. A característica mais marcante dessa imagem são os padrões de raios que parecem brotar das áreas mais ao norte do planeta. Na foto menor, a cratera Machaut de 100 km de diâmetro. Seu nome foi dado em homenagem ao poeta e compositor francês Guillaume de Machaut. O ângulo rasante do Sol revela numerosas pequenas crateras em seu interior. A grande cratera dentro de Machaut parece ter sido inundada por fluxos de lava. Clique sobre as imagens para ampliar. - Crédito: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington.