Foi pensando nesse cenário, que cientistas e meteorologistas se uniram e estão iniciando uma pesquisa que poderá ser extremamente útil no futuro. Um estudo vai medir o impacto do clima na saúde da população das grandes cidades.
A análise se baseia na comparação de milhares de dados de internações hospitalares e óbitos com informações sobre mudanças repentinas no tempo. O objetivo é encontrar uma maneira de alertar a população para uma ação preventiva cada vez que o tempo for virar e assim proteger melhor a saúde.
Dados divulgados pelo Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP), mostram que sete idosos morrem a mais por dia quando a temperatura cai muito rápido. Nas ondas de calor, são três mortes de idosos a mais por dia.
Eu posso dar um aviso três dias antes e as pessoas que sofrem de asma, por exemplo, podem se proteger da melhor forma possível para se prevenir desse risco, explica a idealizadora do projeto, a meteorologista Micheline Coelho do Instituto Nacional de Meteorologia.
Não é saber só se vão sair com guarda-chuva ou um agasalho. É saber como proteger sua saúde, diz o coordenador do laboratório de poluição da USP, Paulo Saldiva.
O trânsito carregado da cidade de São Paulo concentra altos níveis de poluição. O monóxido de carbono, material particulado, dióxido de enxofre, aliados ao tempo seco aumentam as doenças respiratórias em números alarmantes.
Com o novo estudo, será possível prever até com uma semana de antecedência quantas internações hospitalares serão provocadas por influência do tempo.
Foto: Dados divulgados pelo Laboratório de Poluição da Universidade de São Paulo (USP), mostram que sete idosos morrem a mais por dia quando a temperatura cai muito rápido. Nas ondas de calor, são três mortes de idosos a mais por dia.