Batizado de ST40, o reator de fusão tem o tamanho de uma Van escolar e foi construído pela empresa Tokamak Energy, baseada em Oxfordshire, no Reino Unido. De acordo com o comunicado, esse é o terceiro protótipo testado com sucesso e o primeiro a atingir essa temperatura. O objetivo é que até 2030 os mini reatores possam gerar energia comercialmente.
Além do tamanho realmente impressionante, já que plantas de fusão chegam a ocupar mais espaço que um campo de futebol, o ST40 teve um custo de desenvolvimento de apenas US$ 40 milhões, uma verdadeira pechincha para esse tipo de pesquisa.
Para chegar a essa temperatura o ST40 utiliza um processo conhecido como mistura e compressão, que libera a energia em forma de anéis de plasma, os quais colidem e produzem campos magnéticos que se travam mutuamente, um fenômeno conhecido como reconexão magnética.
Existem dois tipos principais de desenhos para reatores de fusão, ambos com o objetivo de trançar fortíssimos campos magnéticos com finalidade de confinar o plasma extremamente quente.
O ST40 faz isso moldado uma espécie de donut com auxílio de uma corrente grande, que retorce o plasma. O outro desenho, chamado Stellarator, tem a forma de um donut trançado para obter o mesmo efeito
Durante os testes, o ST40 conseguiu manter o plasma a 15 milhões de graus por 15 milisegundos, o que segundo a empresa é um número extremamente positivo. O recorde para esse tipo de fusão pertence ao National Fusion Research Institute (NFRI), da Coréia do Sul, com fusão sustentada de 300 milhões de graus Celsius durante 70 segundos
O objetivo da Tokamak Energy é sustentar fusão de 100 milhões de graus por 5 segundos até 2030 e produzir energia elétrica suficiente para abastecer pequenas cidades e escoar o restante para a malha de distribuição das concessionárias.