As supernovas são sem dúvida as explosões mais poderosas que podem acontecer no Universo. São tão intensas que seu brilho pode chegar a ser 5 bilhões de vezes mais forte que o nosso Sol e ser vista durante dias mesmo à luz do dia.
Existem dois tipos principais de supernovas. O primeiro deles, chamado supernova Tipo Ia, ocorre quando que uma estrela do tipo anã branca explode após acrescer massa de uma estrela companheira binária. O segundo tipo, chamado Tipo II, acontece quando o núcleo de uma estrela entre 10 e 100 massas solares esgota seu combustível e colapsa, produzindo um extraordinário pulso de radiação luminosa.
Os novos dados sugerem que da mesma forma que supernovas do Tipo Ia, as explosões do tipo Iax também ocorrem em sistemas binários com uma estrela do tipo anã branca. Nas supernovas Tipo Iax, a estrela companheira aparentemente perde seu hidrogênio exterior e o hélio dominante é "sugado" pela anã branca, que aumenta sua massa.
Não se sabe exatamente o que acontece durante uma supernova Tipo Iax. Uma das hipóteses é que o hélio dominante da estrela companheira entre em fusão nuclear e arremesse uma intensa onda de choque contra a anã branca, fazendo-a detonar. Outra possibilidade é que o hélio acumulado da estrela companheira altere a massa e temperatura da anã branca levando à fusão do carbono e do oxigênio no interior da estrela, provocando sua explosão.
Seja como for, parece que em muitas supernovas desse tipo a anã branca sobrevive à explosão, diferente das supernovas do Tipo Ia onde a estrela é totalmente aniquilada.
"A estrela será golpeada e ferida, mas pode viver para ver outro dia", disse Foley. "Nós não estamos muito certos do porque apenas uma parte da estrela pode ser destruída e esse é um dos problemas difíceis que estamos trabalhando no momento", explicou.
O brilho muito fraco das supernovas Tipo Iax parece que é o maior entrave na observação do fenômeno. "Elas não são raras, são apenas muito difíceis de serem vistas, diferente das supernovas brilhantes que são observadas há mais de 2000 anos", explicou o cientista.