Técnicos em Washington e Paris desejam repetir o sucesso da missão Cassini-Huygens, em Saturno, em meados deste ano.
A sonda Huygens pousou na superfície de Titã, uma das 33 luas conhecidas de Saturno, em janeiro, e enviou sinais à Terra.
Pesquisadores especulam que essa força gravitacional pode ter produzido vastos oceanos de água sob a camada de gelo e que este ambiente pode abrigar microorganismos.
As discussões entre técnicos da Nasa (agência espacial americana) e da Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês) estão em seus estágios iniciais e a missão, se ocorrer, não será iniciada antes de 2016.
Como conseqüência, a sugestão européia de realizar uma missão conjunta foi bem recebida.
A idéia é usar uma nave com dois componentes que se separam assim que chegam à órbita de Júpiter, como aconteceu na missão Cassini-Huygens. Segundo David Southwood, da ESA, uma delas fica na órbita como um satélite de retransmissão.
Os técnicos devem discutir agora se será possível explorar o que está abaixo da superfície de Europa.
Pesquisadores no Centro Aeroespacial da Alemanha desenvolveram tecnologia para um protótipo que pode ser usado para penetrar na camada de gelo de Europa, usando um processo de derretimento.
Ao penetrar na calota de gelo, uma sonda recolheria amostras, voltando à superfície. De lá, a sonda enviaria dados para a nave orbital para que fosse retransmitida à Terra.
A ESA já tem uma grande missão a caminho da órbita de Júpiter, chamada Rosetta, que vai perseguir um cometa e enviar uma sonda à sua superfície.