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Mortos nas áreas atingidas passam de 163 mil e Annan encontra Banda Aceh devastada

Sexta-feira, 07 jan 2005 - 08h38
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07 Jan 2005, 08h38 - O número de mortos nas áreas devastadas pelo tsunami de 26 de dezembro aumentou ainda mais, após novos números serem divulgados pelo governo indonésio. As vítimas já são 163 mil e segundo as Nações Unidas, mais de 10 mil pessoas continuam desaparecidas somente na Indonésia.

Após sobrevoar a devastada Banda Aceh, no norte da ilha de Sumatra, o secretário geral da ONU, Kofi Anan ficou estarrecido com o que viu. "Eu nunca vi tanta destruição ao longo de milhas e milhas. Você se pergunta: onde estão as pessoas ? O que aconteceu com elas ? " Segundo Anan, serão necessários pelo menos 1 bilhão de dólares para os reparos iniciais das cidades atingidas.

Na quarta-feira o secretário de estado norte-americano Colin Powel visitou áreas devastadas do Sri Lanka, o segundo país mais atingido da região, depois da Indonésia. No Sri Lanka morreram mais de 30 mil pessoas e pelo menos 1.5 milhão estão desabrigados.

Durante reunião em Jakarta, líderes mundiais discutiram a possibilidade de contrução de um sistema de alertas contra tsunamis no oceano Índico, similar ao existente no oceano Pacífico. Em entrevista à GloboNews, o pesquisador do INPE Carlos Nobre disse que um sistema desse tipo deve custar ao redor de 40 milhões de dólares e mais 2 milhões anuais para sua manutenção. Os Estados Unidos gastam por dia, 30 milhões de dólares nas operações militares no Iraque.


Tremores de terra
Novos aftershocks foram registrados no dia ontem em várias partes do oceano Índico. O mais intenso aconteceu na costa norte de sumatra, a 42 km de profundidade. O sismo, com intensidade de 5.7 graus,aconteceu sob as coordenadas 5.28 N e 94.82 E. Em Myamar (Burma), outro sismo, de baixa intensidade foi registrado às 14h19 UTC, sob uma profundidade de 38 km.

Mesmo estando no caminho devastador das ondas gigantes do tsunami de 26 de dezembro, Myamar teve um número de vítimas muito pequeno. Lá os mortos não passaram de 100. Isso se deveu principalmente à extensa linha de rochas que protegem naturalmente a costa do país, que diminuíram o impacto das ondas.

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