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Mudança no Clima: começam as negociações para novo acordo pós-Kyoto

Segunda-feira, 31 mar 2008 - 18h08
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Começaram nesta segunda-feira (31), em Bangcoc, na Tailândia, as discussões e negociações para o novo acordo que visa conter os efeitos do aquecimento global no planeta, e deve substituir o atual Protocolo de Kyoto, em 2013.

Especialistas e representantes de 192 países estarão reunidos durante toda esta semana para conduzir o plano de ação.

Os debates em Bangcoc deverão respeitar o que foi estabelecido na XII Conferência das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, realizada em dezembro na ilha de Bali, na Indonésia. Na ocasião, foram aprovadas algumas preliminares para um acordo pós-Protocolo de Kyoto.

O chamado Mapa do Caminho de Bali, estabelece que países hoje desobrigados de cortar emissões, como os gigantes do Terceiro Mundo, vão precisar adotar compromissos "mensuráveis, reportáveis e verificáveis" para agir no clima. Os Estados Unidos terão de adotar ações "equivalentes" às dos 37 países industrializados.

O Mapa do Caminho de Bali estabelece metas globais para redução de emissões, adaptação à mudança climática, financiamento aos países em desenvolvimento e transferência de tecnologia.

Os EUA admitiram a importância, embora não a obrigatoriedade, de que as economias industrializadas reduzam, entre 25% e 40% suas emissões de gases poluentes em relação aos níveis de 1990, até 2020. A União Européia (UE) defende que as nações ricas reduzam suas emissões de gases causadores do efeito estufa em 30% até o mesmo prazo.

O secretário-geral da Convenção Marco das Nações Unidas sobre a Mudança Climática, Yvo de Boer, afirmou que não prevê grandes declarações durante os próximo cinco dias de sessões em Bangcoc, mas ecologistas e Governos de países pobres e emergentes esperam sim conseguir alguns benefícios.

"A situação de nosso planeta requer que os senhores sejam ambiciosos em seus objetivos, e que trabalhem duro para se chegar a um acordo", declarou durante a reunião o secretário geral da ONU, o sul-coreano Ban Ki-moon. "O mundo espera uma solução que funcione a longo prazo, e que seja economicamente viável", acrescentou o secretário.

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