Chamado oficialmente de "Mega constelação Starlink", o trem luminoso é composto por 60 novos objetos, colocados no espaço no dia 11 de novembro pela empresa estadunidense SpaceX. O plano é colocar na orbita da Terra cerca de 12 mil unidades com o objetivo de formar a maior rede mundial provedora de internet via satélite.
Da mesma forma que os 60 satélites colocados em orbita em maio de 2019, os novos 60 artefatos também podem ser vistos a olho nu em uma noite escura, lembrando que a constelação anterior já não pode mais ser observada devido a grande altitude em que encontra cada objeto.
Os novos membros da constelação estão em orbita circular a 445 km de altitude e por terem sido lançados simultaneamente ainda estão navegando praticamente juntos. Para um observador aqui na Terra, a impressão visual é a de "trem" de pontos luminosos cruzando o firmamento noturno, refletindo a luz do Sol.
A olho nu, os satélite brilham entre as magnitudes 4 e 5, o que significa que são pontos bem pálidos no céu, lembrando que teoricamente o limite da visão humana é de 6 magnitudes (quanto maior o número, menos brilhante é o objeto).
Embora a altitude atual é de 445 km, ela deverá se elevar para 550 km quando estiverem em operação, o que significa não poderão mais serem vistos futuramente.
1 - Céu escuro: deve ser noite no local da observação
2 - Altura do Sol: o disco solar deve estar entre 10 e 25 graus abaixo da linha do horizonte
3 - Satélite iluminado: os raios de Sol devem estar atingindo diretamente o satélite
4 - Ângulo de elevação: o satélite deve estar pelo menos 25 graus acima do horizonte
Quando estas quatro condições forem satisfeitas dizemos que o satélite estará potencialmente visível.
Em São Paulo, por exemplo, o trem poderá ser visto nos dias 16, 17 de novembro antes do nascer do Sol e 18 de novembro, depois do pôr do Sol.
É importante lembrar que o "trem" apresenta baixa luminosidade. Assim, uma boa ideia é observar o céu em local bem escuro, longe de luzes fortes e se possível usar um binóculo de baixa amplificação, o que permitirá ver objetos mais tênues.
Bons céus!