O OCO seria o primeiro satélite projetado para analisar as concentrações de dióxido de carbono - CO2 - na atmosfera terrestre e segundo a Nasa deveria mapear com precisão as regiões do planeta onde o gás está sendo emitido e ou absorvido. De acordo com a agência americana o satélite nem chegou a entrar em órbita.
Com a falha durante o lançamento, cientistas de todo o mundo viram frustradas as oportunidades de melhor compreender como funciona o mecanismo de concentração e dispersão do gás ao redor do globo, o que permitiria uma visão mais detalhada de como isso afeta o clima na Terra.
Desde o começo da Revolução Industrial no século 19, aproximadamente 40% dos gases responsáveis pelo efeito estufa permanecem na atmosfera e 30% desse total é absorvido pelos oceanos. O restante ainda é incerto e alvo de diversas pesquisas.
Segundo a Nasa, os dados do satélite OCO permitiriam um enorme avanço no monitoramento das emissões de CO2 e ajudariam os cientistas a desvendar diversos mistérios sobre o assunto. "Este seria o primeiro satélite da Nasa dedicado integralmente a mapear o CO2. O objetivo seria coletar dados de altíssima precisão que seriam usados nas buscas das fontes e depósitos de CO2 na superfície", disse David Crisp, cientista chefe do projeto e ligado ao JPL - Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa.
Se entrasse em órbita o laboratório orbital teria capacidade de efetuar 8 milhões de medições de CO2 a cada 16 dias, o que representaria um aumento gigantesco sobre os dados disponíveis atualmente e coletados através de pequenas redes de superfície, topos de edifícios ou aviões científicos.