Quando se trata de conquistas espaciais essa questão é tratada como prioritária. Muito antes do Homem dar os primeiros passos na Lua, os cientistas já pensavam nesta difícil tarefa e à medida que os dias para o retorno dos astronautas ao nosso satélite se aproximam, o assunto ganha novamente importância e faz os engenheiros pensarem em novas alternativas para a missão.
Com o objetivo de aprimorar os módulos que pousaram na Lua nas décadas de 1960 e 1970, cientistas do Centro Espacial Marshall, da Nasa, construíram um novo protótipo que poderá ser usado nas missões lunares previstas para os próximos anos. Apesar do aspecto futurista, o novo veículo tem uma concepção mais simples e foi desenvolvido em parceria com o Laboratório de Física Aplicada da Universidade John Hopkins e o Centro Von Braun de Ciência e Inovação.
"O resultado é uma plataforma de testes voadora, ainda em fase experimental", disse o engenheiro Brian Mulac. "Por enquanto, tudo o que temos que fazer é praticar, praticar e praticar".
À primeira vista, o novo veículo se parece bastante com as naves espaciais vistas nos filmes de ficção científica, em que jatos de plasma ionizado são os responsáveis pela propulsão do conjunto, mas a concepção é mais simples do que parece.
Segundo Mulac, os jatos azuis vistos na imagem não passam de ar comprimido bastante frio interagindo com a umidade do ar. A descarga é semelhante a uma nuvem em miniatura e por formar cristais de gelo, espalha a luz azul.
De acordo com a diretora do projeto, engenheira Julie Bassler, os propulsores deste protótipo apresentam as mesmas configurações que seriam usadas em um voo na Lua. Assim, todos os algoritmos de controle e dinâmica de voo também são os mesmos. Para o projetista Danny Harris, ligado ao Centro Von Braun, isso é extremamente importante porque valida os mecanismos de orientação, navegação e sistemas de controle necessários para um pouso lunar bem-sucedido.
Questionado sobre a possibilidade da sonda ficar fora de controle, Mulac explicou que isso nunca acontece. Mesmo assim, a câmera de ensaio é cercada por uma grande rede, vista na imagem como uma treliça de fundo atravessada por cordas. No entanto, segundo Mulac o veículo nunca se desviou do curso.