Designado como 2007 WD5, o asteróide foi descoberto no dia 20 de novembro de 2007 pelo Centro de Pesquisa Catalina, da Nasa, através do telescópio de 1500 milímetros localizado em Monte Lemmon, no Arizona. No dia 1 de novembro, antes de ser descoberto, o asteróide havia passado a 7.5 milhões de quilômetros do nosso planeta. Baseado na magnitude do objeto, os cientistas do JPL estimam que a rocha tenha aproximadamente 50 metros de diâmetro.
Diagramas fornecidos pelo JPL mostram que 2007 WD5 se encontra nesse momento à meia distância entre a Terra e Marte. De acordo com os cientistas que estão monitorando o asteróide, o momento da maior aproximação ocorrerá do lado iluminado pelo sol, dificultando as observações do bólido pelas naves que estão no solo ou na órbita de Marte.
Atualmente, as melhores estimativas indicam que o asteróide deverá chegar a apenas 50 mil quilômetros da superfície, mas essa distância é altamente incerta, já que a própria órbita do objeto não é totalmente conhecida, levando à imprecisões.
A chamada "região de incerteza" durante o encontro com Marte se estende mais de 700 mil quilômetros ao longo de um elipsóide de somente 1200 quilômetros de largura, mas que não intercepta o ponto onde Marte se encontra. Segundo o JPL, a zona de potencial impacto sobre a superfície de Marte é de aproximadamente 800 quilômetros de largura a partir do equador marciano, próximo à longitude 30 graus oeste. O jipe-robô Opportunity se encontra próximo ao limite sul desta zona de impacto, mas claramente fora dela.
Caso ocorra o impacto, o asteróide atingirá o objeto com uma velocidade de 13.5 km/s e produzirá uma explosão da ordem de 3 megatons (milhões de toneladas) de TNT. Os efeitos dessa explosão são incertos, mas especula-se que a energia seja suficiente para produzir uma cratera de aproximadamente 1 km de diâmetro, além de uma significante quantidade de poeira que será lançada na atmosfera.
Uma explosão dessa magnitude é comparável àquela que ocorreu na Terra em 1908, na região de Tunguska, na Sibéria. Naquela ocasião o objeto não criou nenhuma cratera, desintegrando-se na atmosfera. Mesmo assim, o deslocamento de ar causado pela explosão foi tão grande que devastou uma grande área de floresta não habitada.