Os engenheiros da agência espacial americana ainda não conseguiram resolver o problema apresentado pelo sistema de sensores, que desde quinta-feira vêm apresentando falsas leituras. O lançamento foi adiado para 2 de janeiro, o que dará mais tempo para os técnicos avaliarem as causas do problema.
Atualização de sábado, 07h20
Falha persiste e Nasa adia para domingo lançamento da Atlantis
Os engenheiros da Nasa confirmaram que a falha nos sensores de combustível, ocorrida na última quinta-feira, é extremamente persistente e uma nova reunião será realizada hoje, sábado, para decidir o futuro da missão, que poderá ser novamente adiada caso o problema não seja resolvido.
O novo lançamento está marcado para as 18h21 pelo horário de Brasília e como das vezes anteriores, será transmitido pelo Apolochannel, que retransmite a Nasa-TV.
"O problema é muito persistente. Fizemos diversos testes e acreditávamos que o problema estava resolvido, mas não estava. Para que a nave seja acionada todos os sensores precisam estar respondendo adequadamente. Enquanto esta condição não for satisfeita, não podemos prosseguir com a contagem regressiva", explicou Wayne Hale, diretor do programa dos ônibus espaciais, da Nasa.
Segundo informações extra-oficiais, divulgadas por técnicos da Nasa, o problema no módulo dos sensores pode ter sido causado por um curto-circuito provocado pela umidade, mas ainda é cedo para conclusões.
Atualização de sexta-feira, 08h04
Falha em sensor adia lançamento da Atlantis por 48 horas
A Nasa decidiu adiar novamente o lançamento da nave Atlantis, desta vez por 48 horas e não mais 24 horas como havia sido confirmado anteriormente.
De acordo com LeRoy Cain, diretor da missão dos ônibus espaciais, a próxima tentativa de decolagem será feita às 18h43 de sábado. No entanto, as condições do tempo que até ontem eram excelentes, já não são mais. Segundo o centro de previsão do tempo da Nasa, a probabilidade das condições meteorológicas impedirem o lançamento subiu para 40% para o momento do lançamento.
Como das vezes anteriores, o lançamento será integralmente transmitido pelo Apolochannel, que retransmite a Nasa-TV.
O lançamento de ontem (quinta-feira) foi suspenso devido a uma falha na resposta de dois, de quatro sensores, responsáveis pelo corte do combustível que alimenta os três motores principais, localizado no interior do gigantesco tanque externo laranja.
O sistema de sensores é um dos diversos itens que protegem os motores principais do ônibus espacial, aqueles que ficam na parte traseira da nave, cortando as linhas de alimentação no caso dos níveis de hidrogênio e oxigênio caírem abaixo de determinado ponto. As regras de segurança elaboradas pelo Comitê de Critérios de Lançamento requerem que ao menos três sensores estejam operando satisfatoriamente, o que não ocorreu, violando assim uma das regras.
Os sensores, conhecidos pela sigla ECO (Engine Cutoff), localizados no interior do tanque de hidrogênio líquido falharam durante a rotina de checagem pré-lançamento. Imediatamente a contagem foi suspensa e ambos os compartimentos do tanque, contendo hidrogênio e oxigênio, foram esvaziados. Ao mesmo tempo os engenheiros monitoravam e coletavam os dados do compartimento do tanque de hidrogênio onde a falha havia sido detectada. Durante o monitoramento, outro sensor apresentou falsa leitura, indicando "Tanque Úmido", quando na realidade deveria indicar "seco".
Os engenheiros da agência americana ainda não se posicionaram sobre qual o motivo da falha dos sensores, mas as probabilidades são de falha no cabeamento, alimentação instável ou no componente controlador do sensor. Alguma falha nos próprios sensores é praticamente descartada, pois o erro indicou duas leituras incorretas.
Para a montagem do Columbus do lado externo da ISS, a Nasa programou três atividades extraveiculares (EVAs ou passeios espaciais). A construção do módulo estará sendo comandada pelo astronauta alemão Hans Schlegel, que durante a primeira missão externa auxiliará na instalação e efetuará a energização do laboratório. Segundo os engenheiros norte-americanos, o "passeio" externo de Schlegel poderá ser um dos mais longos da história da ISS.