Segundo o JPL, é grande a chance de que um dos painéis solares da sonda, que estava em órbita de Marte desde 1997, se tornou incapaz de rastrear o Sol e carregar as baterias. Sem energia, a transmissão de dados se torna impossível.
De acordo com o comunicado, a nave foi a que teve a missão mais produtiva de todas as sondas enviadas ao planeta vermelho.
Os problemas com a sonda começaram no dia 2 de novembro, alguns dias antes da missão completar 10 anos. A MGS foi lançado em 7 de novembro de 1996.
Michael Meyer, cientista chefe e diretor do projeto, a Mars Global Surveyor "ultrapassou todas as expectativas". A nave começou a mapear a superfície marciana em abril de 1999. Durante todo o tempo que este em operação, a sonda enviou à Terra mais de 240 mil fotos.
A nota divulgada também esclarece que apesar de todas as evidências da perda de contato com a MGS, os esforços para restabelecer as comunicações vão continuar por tempo indeterminado.
Inicialmente programada para durar dois anos (1 ano marciano), a missão foi prorrogada por quatro vezes.
A MGS foi a primeira a usar a técnica de "aerobreaking", na qual uma sonda orbitando o planeta mergulha delicadamente na sua tênue atmosfera, fazendo uso do atrito com os gases para perder velocidade. Este método permite que a sonda carregue menos combustível, reduzindo a necessidade de se usar foguetes para a desaceleração.
A Mars Global Surveyor permitiu aos cientistas mapearem as áreas para o pouso dos robôs gêmeos Spirit e Opportunity, que desceram à superfície em 2004.
Uma das descobertas feitas pela sonda estão traços de evidência de água que já fluiu na superfície marciana há milhões de anos, além da detecção dos campos magnéticos e sinais das mudanças climáticas a partir de alterações anuais nos depósitos de gelo seco nas camadas próxima aos pólos.