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Névoa química toma conta das manhãs da cidade de São Paulo

Sexta-feira, 8 abr 2016 - 07h31
Por Rogério Leite
Os moradores de São Paulo já repararam: nos últimos dias, uma espessa camada de nuvens está se formando no horizonte, quase todas as manhãs. Essa névoa é a poluição, composta por inúmeros poluentes que compõe o ar das grandes cidades.

Camada de poluição cobre o horizonte de São Paulo, em 8 de abril de 2016. A foto foi feita a partir do bairro de Vila Mariana em direção ao Ipiranga.

Névoa Fotoquímica


Conhecida como “smog fotoquímico”, essa névoa é formada da mistura de poluentes secundários criados pelas reações entre os óxidos de nitrogênio e alguns compostos orgânicos voláteis, que são liberados durante a queima incompleta e na evaporação de combustíveis e solventes.

Devido à fraca circulação dos ventos e baixa umidade observada recentemente, o material poluente não se dissipa e cria uma espécie de névoa seca facilmente visível em fotografias de longa distância.

Esse material químico reage na presença dos raios ultravioleta do Sol gerando o ozônio, um dos poluentes que mais contribuem para os baixos índices de qualidade do ar nos grandes centros urbanos, que é agravada em grande parte pela maior circulação de automóveis.

Estudos realizados em 2006 evidenciaram que a utilização do álcool na matriz energética do país também influenciou a relação dos compostos orgânicos injetados na atmosfera, colaborando um pouco mais com o problema.

Apesar das imagens mostrarem a camada de poluição no horizonte, de fato ela não está distante. Toda a cidade está imersa dentro dessa névoa, que apenas parece amplificada no horizonte devido à ilusão de ótica causada pela densidade do ar poluído.

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