O disparo dos foguetes foi programado com base em dados de telemetria enviados pela própria sonda e ocorreu 01h01 BRT de 30 de junho e teve duração de 23 segundos.
A manobra foi a última de uma série de três previstas e teve o objetivo de acelerar ligeiramente a New Horizons em cerca de 2.4 km/h. Embora seja um ajuste muito pequeno foi suficiente para corrigir o ponto de aproximação da sonda.
De acordo com nota divulgada pela JHAPL (Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins), responsável pela missão, a aceleração extra da New Horizons permitirá que a sonda chegue 20 segundos mais cedo ao ponto exato onde se pretende analisar a atmosfera de Plutão. Sem essa correção, a sonda coletaria dados 184 km além da localização ideal.
"Essas medidas dependem de sinais de rádio a serem enviados da Terra e precisam ser extremamente precisas", disse Lead Yanping Guo, projetista da nave junto ao JHAPL. "Para algumas análises a New Horizons precisará passar exatamente pela sombra da lua Caronte e um pequeno erro poderá prejudicar a coleta de dados", explicou Guo.
De fato, temporização e precisão são as chaves da missão New Horizons. Todos os comandos enviados de Terra serão armazenados na memória interna da sonda e deverão ser executados automaticamente a mais de 4.75 bilhões de quilômetros de distância.
A telemetria mostra que todos os dispositivos de bordo operam de acordo com os valores nominais.
A New Horizons deverá atingir a máxima aproximação de Plutão em 14 de julho às 11:49:57 UTC (08:49:57 Horário de Brasília).
O encontro será muito rápido, já que a nave não entrará na orbita do planeta anão. No entanto, a quantidade de dados coletados será suficiente para décadas de estudos e novas descobertas. Até lá, novas imagens serão captadas e cada vez com maior riqueza de detalhes.