Esse é o quinto evento de "esquecimento" que o robô experimenta esse ano e de acordo com os engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, JPL, pode atrasar as tentativas de retirar o jipe do local em que está atolado, uma vez que a função de armazenar os dados de tarefas realizadas pode não funcionar corretamente.
A memória flash usada pelo Spirit é muito similar àquelas que são usadas nos pendrives modernos e é empregada para armazenar as informações relevantes durante os períodos em que o jipe entra no modo de conservação de energia.
Os dados enviados à Terra entre os dias 24 e 27 de outubro indicavam que nesse período o computador não conseguiu gravar as informações na memória flash e que as informações estavam sendo transferidas diretamente da memória volátil, usada para as comunicações com o JPL quando o robô não está no modo de conservação de energia.
"Não temos qualquer informação sobre o que está provocando esses períodos de amnésia", disse John Callas, diretor do programa para jipes-exploradores em Marte. "Se o problema se tornar frequente e aleatório vamos precisar de uma estratégia alternativa para não precisarmos depender da memória flash. Poderemos somente trabalhar com os dados do dia e qualquer informação não enviada do dia anterior será perdida. No entanto, o volume de dados será o mesmo", disse Callas.
Para recriar o ambiente marciano os pesquisadores do JPL alocaram um espaço na Universidade da Califórnia e ali montaram o mesmo cenário onde está preso o jipe-explorador. Os engenheiros construíram uma espécie de caixa de areia com a mesma inclinação, textura e topografia da região, localizada a oeste do platô Home Plate. O papel do Jipe-explorador está sendo desempenhado por uma réplica idêntica a que está em operação no Planeta Vermelho.