Logo após o terremoto, moradores da região de Kaikora notaram diversas novas formações próximas da costa, mas não tinham certeza do que se tratavam. Alguns acreditavam serem pedaços de rochas leves, deslocados de partes da costa, mas não conseguiam localizar exatamente de onde haviam se desprendido.
As novas imagens de satélites, aliadas às fotos e observações locais, mostram que a nova paisagem é de fato parte do solo submarino, que se ergueu em decorrência de uma grande força composta de movimentos verticais e horizontais. Segundo alguns especialistas, essa elevação do leito submarino pode significar a abertura de uma nova linha de falhas ao longo da costa neozelandesa.
De acordo com os geólogos Nicola Litchfield e Pilar Villamo, as observações preliminares mostram que além do solo submarino, as encostas também parecem ter sido deslocadas. Em alguns pontos, o leito de um dos rios da região se deslocou por mais de 10 metros na horizontal.
O terremoto ocorreu a 10 km de profundidade, a 46 km a norte-nordeste de Amberley, em 13 de novembro de 2016. O evento atingiu 7.8 pontos de magnitude e liberou a mesma energia que 375 bombas atômicas similares a que destruiu Hiroshima em 1945, o equivalente à explosão de 7.5 milhões de toneladas de TNT.