Espaço - Ciência - Fenômenos Naturais

Novas análises revelam composição do meteorito Bocaiúva

Terça-feira, 27 jan 2009 - 09h59
Por
Cientistas da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, divulgaram pela primeira vez as imagens digitalizadas do meteorito Bocaiúva, encontrado nesta cidade do Norte de Minas no ano de 1965. De acordo com os pesquisadores o tamanho original do objeto era de 50 centímetros e pesava 62 quilos.

Segundo os pesquisadores, ligados ao Departamento de Física da UFMG, as análises do Bocaiúva detectaram uma composição inédita na amostra, com a presença confirmada de carbono e ausência de silicatos. Devido à abundante quantidade de ferro o meteorito apresenta densidade elevada, com aspecto metálico de coloração negro-acinzentada.

Para realizar as análises do meteorito os cientistas utilizaram uma microssonda eletrônica, um instrumento que permite verificar a composição química da amostra. De acordo com o professor Aba Israel Cohen Persiano, que coordena o Laboratório de Microanálises, foi a presença de carbono no Bocaiúva ainda não havia sido descrito em outras observações do meteorito.

O Bocaiúva pertence ao grupo dos “palasitos”, um subtipo dos ferros-pétreos, compostos por uma matriz onde são abundantes os minerais de ferro e, em menor proporção, níquel e cobalto.

Um pedaço de 4 quilos do meteorito foi vendido aos Estados Unidos na época em que foi encontrado. Nas primeiras análises do objeto foram encontrados carbono, níquel, ferro e fósforo. De acordo com Renato Las Casas, professor de física e astronomia da UFMG, a presença de carbono é uma surpresa, uma vez que não havia sido detectado nas análises anteriores.



Fotos: No topo, parte do meteorito Bocaiúva, de onde foram retiradas as amostras para estudos. Na sequência um pequeno fragmento do meteorito é preparado para a análise o Laboratório de Microanálises da UFMG. Créditos: Ricardo Morgan/Filipe Chaves/UFMG

LEIA MAIS NOTÍCIAS


APOLO11.COM
Todos os direitos reservados - 2000 - 2024

"A mente é algo maravilhoso. Começa a funcionar assim que você nasce e nunca pára, a não ser quando você levanta para falar em público" - John M. Brown