Da mesma maneira que os exploradores antigos mapearam os continentes, os astrofísicos modernos também mapeiam a estrutura espiral da Via-Láctea em busca de detalhes que possam ajudar a compreender um pouco mais sobre o local onde habitamos. E foi através desse mapeamento que descobriram que a elegante estrutura da Galáxia é dominada por apenas dois grandes braços, ao invés dos quatro até agora supostos.
Utilizando dados do telescópio espacial Spitzer, o astrofísico Robert Benjamin, da Universidade de Wisconsin junto a cientistas da Nasa criaram uma nova representação da Via-Láctea, que foi apresentada recentemente durante o 212º encontro da Sociedade Astronômica Americana.
De acordo com o modelo apresentado e visto na imagem acima, os dois maiores braços (Perseus e Scutum-Centaurus) partem das extremidades do eixo central da Galáxia, enquanto os dois braços menores e agora rebaixados (Norma e Sagitário) são menos imponentes e localizados entre os dos braços maiores.
Enquanto Perseus e Scutum-Centaurus são altamente densos, formados por um grande número de estrelas de todas as idades, Norma e Sagitário são primariamente preenchidos de gás e bolsões de atividade criados por estrelas em formação.
Nosso Sol descreve uma órbita praticamente circular em torno da Via-Láctea e sua velocidade de translação é de 225 km por segundo. Para dar uma volta completa ao redor do centro da Galáxia o Sol leva aproximadamente duzentos milhões de anos. Como a idade da nossa estrela é de 5 bilhões de anos, podemos afirmar que desde que existe, o Sol já deu aproximadamente 25 voltas ao redor da Galáxia.