O levantamento teve como base imagens de satélites onde foi constatada uma expansão da fronteira agrícola no cerrado em direção às Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Os Estados que se destacaram foram Bahia, Piauí e Maranhão, onde o plantio da soja é crescente.
O cerrado cobre dez Estados brasileiros e o Distrito Federal. É o segundo maior bioma no país, perdendo só para a Amazônia. Sua devastação traz consequências diretas ao solo, a biodiversidade e aos recursos hídricos, já que em áreas do cerrado estão as nascentes de importantes rios da bacia Amazônica e do São Francisco, por exemplo.
Uma outra constatação lamentável foi divulgada recentemente por cientistas do Museu Paraense Emílio Goeldi, que fica no nordeste do Pará. Muito pouco do que é devastado na Amazônia conseguirá ser recuperado.
Estudos revelam que mesmo após 40 anos em repouso, só 35% das espécies arbóreas das florestas secundárias conseguem ser recuperadas. Essas florestas podem até se transformar em florestas maduras, mas dificilmente vão recuperar a diversidade original.
Em sete anos, a área devastada de florestas secundárias na Amazônia equivale a todo território de mata dos Estados de Pernambuco e Alagoas. Um outro agravante é o tempo de regeneração dessas florestas. Elas sobrevivem em média 5 anos, após serem cortadas e queimadas novamente.