Se tudo correr conforme o planejado, o piloto Steve Fosset espera quebrar mais um recorde da aviação. Desta vez dando a volta ao mundo sem paradas ou reabastecimento, a bordo de um aeroplano de 35 metros de envergadura, o GlobalFlyer.
Segundo os coordenadores da missão, segunda ou terça-feira deverão ser dias secos, de céu limpo e vento calmo em toda a região de Salina, no estado do Kansas, de onde deverá partir a aeronave.
Originalmente programado para ser lançado no dia 2 de fevereiro, as condições do tempo cancelaram o vôo por diversas vezes.
Ontem também foi confirmada a rota que o GlobalFlyer deverá fazer nas suas oitenta horas de vôo. "A rota está sujeita a mudanças mas tentaremos ficar o mais dentro possível dos planos", disse Kevin Stass, diretor da missão.
Para isso o GlobalFlyer conta com moderna tecnologia de posicionamento baseada em GPS, que segundo os dirigentes da missão, deverá corrigir o posicionamento da aeronave durante o percurso.
Quando o piloto Steve Fosset chegar à Europa, deverá cruzar a Irlanda, Wales, Inglaterra, França, Itália e Grécia, alcançando o Oriente Médio.
Stass explicou que as permissões para esta parte do vôo são difíceis de serem autorizadas junto aos controladores de vôo, mas disse que a equipe não está esperando algum tipo de problema. Ele lembra que durante o vôo ao redor do mundo com o avião Voyager, foi perdida uma grande quantidade de combustível, já que foram impedidos de usar o espaço aéreo Líbio e precisaram contornar o país.
"Já conversamos com as mais importantes autoridades de vôo e prestamos todas as informações necessárias", disse Stass. "Voaremos sobre o Egito, Arábia Saudita, Barein, Emirados Árabes Unidos e Oman, antes de passar pelo Paquistão, Índia, Bangladesh, e Myamar.
Após completar mais esta etapa, O GlobalFlyer deverá cruzar o gigantesco território chinês e alcançar o Japão, iniciando a fase final da jornada. Nesta etapa a aeronave sobrevoará o oceano Pacífico, passando sobre as ilhas Midway e Honolulu, antes de entrar novamente em território norte-americano, pelo sul da área de Los Angeles.
Stass recomenda aos observadores em terra que desejarem ver o vôo do GlobalFlyer a utilizar telescópios ou lunetas, mas não acha que seja uma tarefa fácil, já que a aeronave estará voando 4 mil metros acima dos vôos convencionais. "Mas não tenho dúvidas que dará para ver a trilha de condensação do aparelho".
Aliado as três câmeras, um mapa(direita)atualizado a cada 5 minutos mostrará a posição onde está o GlobalFlyer, bem como dados de posicionamento global enviados pelos GPS a bordo a aeronave.
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