A barreira seria formada por dunas solidificadas com areia e se estenderia da Mauritânia, no oeste africano, até o Djibuti, no leste do país.
Minha resposta ao problema da desertificação na região do Saara é um muro de arenito, feito de areia solidificada", afirmou Larsson.
O processo consiste em pegar areia e adicionar em larga escala de uma bactéria chamada Bacillus pasteurii, encontrada em terras úmidas. De acordo com o arquiteto, é um micro-organismo que produz, por um processo químico, a calcita, um tipo de cimento natural.
Outras alternativas para o problema já foram apresentadas por países do norte da África, como o plano de plantar árvores e formar um cinturão verde que impeça a expansão das areias do deserto.
O projeto de Larsson seria na verdade um complemento e não uma substituição à proposta do plantio de árvores. O muro "forneceria o suporte físico para as árvores", acrescentou o arquiteto. A barreira poderia ser mantida no local, mesmo sem a existência das árvores.
Em 2007 um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) fez um alerta para o problema da desertificação. O fenômeno ameaça potencialmente um terço da população do planeta, cerca de 2 bilhões de pessoas.