Apesar do pico da chuva ocorrer somente em um ou dois dias, as Perseídeas duram quase um mês, indo de 23 de julho a 22 de agosto. Neste período, a Terra passa por uma gigantesca esteira de poeira espacial que foi deixada em 1992 pelo cometa Swift-Tuttle 1862, na época em que se aproximou do Sol pela última vez.
Nos dias 11 e 12 de agosto a Terra cruza a região mais densa da esteira e a Terra experimenta o pico da chuva, com taxa estimada de até 80 fragmentos por hora, o que faz da Perseídea uma das mais intensas chuvas de meteoros.
A chuva recebe este nome devido ao seu radiante estar localizado na constelação de Perseu, de onde parece brotar, mas que nada tem a ver com chuva. Enquanto as estrelas da constelação estão há muitos anos-luz de distância, a chuva de meteoros acontece bem próximo de nós, nas altas camadas da atmosfera.
A medida que o tempo passa a constelação ficará mais alta no céu, mas o máximo da elevação será de 20 graus, o que impede que observadores com horizonte pobre vejam a chuva, por isso aconselhamos que os interessados se dirijam a um local alto ou desimpedido.
A carta celeste no topo da página ajuda a encontrar a constelação de Perseu. Ela mostra o céu do quadrante norte por volta das 03h00, quando a constelação já estará a 10 graus de elevação. Se você não souber onde fica o Norte do local de observação será necessário se orientar por uma bússola.
A melhor maneira para ver a Perseídea é se dirigir a um local bastante escuro, sentar confortavelmente em uma cadeira reclinável e admirar o céu relaxadamente. Como as noites estão mais frias, é sempre bom ter à mão um cobertor e uma garrafa de café ou chocolate quente. Os meteoros devem aparecer em qualquer local do céu, mas as trilhas deixadas por eles vão sempre apontar para Perseu.
É isso. Reze para São Pedro dar uma mãozinha e tome um café bem forte para o sono não chegar antes da hora. De resto, bons céus a todos!