A série de globos vista acima mostra a progressão em sentido leste de uma dessas profundas ondas de Kelvin, monitorada entre janeiro e fevereiro de 2010. Os valores apresentam a anomalia da altura do nível do mar, onde as cores avermelhadas indicam locais em que a superfície da água é maior que a média, enquanto os tons azuis mostram elevações inferiores à média.
Níveis maiores que a média indicam a existência de uma camada de água morna mais profunda que o normal, enquanto níveis mais baixos significam camadas mais rasas de água aquecida.
Altura da superfície do mar é uma indicação clara da elevação da temperatura, uma vez que a água expande-se ligeiramente à medida que se aquece e contrai-se quando resfria. Segundo os dados coletados, a elevação na altura do nível do mar no Pacífico central e oriental indica uma anomalia térmica entre1 e 2 graus Celsius na temperatura do oceano.
Esta profunda oscilação marca o início da onda de Kelvin que se espalha em sentido leste pelo Pacífico central. Essa mudança perturba não só as correntes de superfície, mas também a circulação do oceano profundo com influência direta sobre a termoclina, a fronteira entre as águas mais quentes da superfície do mar e as águas frias em níveis mais profundos.
Um evento similar e mais fraco teve início em junho de 2009 e disparou o fenômeno El Niño ativo até agora e revigorado ainda mais pela atual onda Kelvin.
Saiba mais sobre o El Niño
Arte: Série de observações coletadas pelo satélite Jason-2 mostra a evolução de uma onda Kelvin se propagando desde o nordeste da Austrália até a costa da América do Sul, fortalecendo novamente o atual evento de El Nino, iniciado em julho de 2009. Crédito: Nasa/Modis.