De acordo com a equipe, liderada pelos pesquisadores Douglas MacAyeal e Emile Okal, a causa do rompimento do bloco de gelo pode ter sido motivada por uma violenta tempestade ocorrida no Golfo do Alasca, a mais de 13 mil quiômetros de distância. Segundo o estudo, a tempestade gerou uma violenta onda, que se propagou por seis seis dias até atingir o iceberg e despedaçá-lo.
A equipe de cientistas apresentou esta evidência, ligando os dois eventos distantes, na edição de outubro da revista especializada Geophysical Research Letters.
Segundo MacAyeal, o que se debate hoje é se o aquecimento global pode ou não disparar tempestades oceânicas que tenham influência sobre o gelo antártico, em níveis muito elevados.
Doze horas antes do rompimento, e durante 3 dias, os instrumentos mostravam que o iceberg se movimentava e oscilava 1.5 cm para cima e para baixo e 12 cm de lado a lado. A despeito desse movimento, as condições meteorológicas eram calmas. A equipe de cientistas desconfiou que um swell seria a causa.
Usando os dados registrados, a equipe de MacAyeal realizou uma série de cálculos de movimento harmônico e concluíram que a origem da onda era algum ponto distante 13500 km dali, onde seis dias antes ocorreu a primeira grande tempestade de inverno no Alasca.