Apesar de marcar o fim de mais uma missão bem sucedida da Nasa, para a agência espacial japonesa, JAXA, o evento marca também o início de uma nova etapa espacial para seus cientistas, já que uma das tarefas completadas com êxito pelos sete astronautas da missão, que incluía um nipônico, era anexar o primeiro módulo do laboratório japonês Kibo junto à ISS, a Estação Espacial Internacional.
"Estamos profundamente honrados com a contribuição do Sr. Doi à ISS", disse o vice-presidente da JAXA, Kaoru Mamiya, se referindo aos trabalhos no espaço do astronauta japonês e especialista de missão, Takao Doi. "Este é o primeiro passo para a construção de nosso laboratório Kibo e esperamos que na próxima missão o módulo principal já seja anexado à estação", completou.
Se Kaoru Mamiya estava orgulhoso pelo trabalho feito pelo astronauta japonês, Mike Leinbach, diretor de lançamentos dos ônibus espaciais da Nasa também não poupava elogios aos seus astronautas. "Eles terão muito tempo para refletir sobre o fantástico trabalho que fizeram. Todos estão felizes por estarem de volta e orgulhosos pelo sucesso da missão", disse Leinbach.
Os sete astronautas da missão STS-123 partiram de Cabo Canaveral no dia 11 de março e desembarcaram na ISS no dia 12. Ali entregaram e montaram a seção pressurizada do Módulo Logístico Japonês, JLP, o primeiro componente pressurizado do laboratório japonês Kibo. A equipe também montou anexou ao módulo americano Harmony o elemento final do Sistema de Serviços Móveis, o braço robótico canadense Dextre.
Além das tarefas espaciais, a missão STS-123 levou à ISS o engenheiro de vôo Garrett Reisman, que trocou de lugar com o astronauta europeu Léopold Eyharts, que retornou à Terra junto à tripulação do Endeavour, após quase 50 dias a bordo da ISS.
A missão STS-123 foi a 122ª missão de um ônibus espacial e a 25ª a participar da montagem da ISS. A próxima missão, STS-124, deverá ir ao espaço no mês de maio.