Lançada em 19 de janeiro de 2006, a sonda está prestes a entrar para história e no próximo dia 4 de julho deverá ficar a apenas 12500 km de Plutão, a menor distância de observação desde que o planeta anão foi descoberto por Clyde Tombaugh, em 1930.
Em 1980, a sonda Voyager 1 poderia ter visitado Plutão, mas os controladores da NASA optaram por um sobrevoo pela lua de Saturno Titã, o que resultou em uma trajetória incompatível para um estudo do planeta anão.
A New Horizons está viajando há 9 anos e neste momento está a apenas 32 milhões de quilômetros de Plutão. Para se ter uma ideia, a distância é tão grande que os sinais de rádio emitidos pela sonda levam 275 minutos para chegar até as antenas da Rede do Espaço Profundo, situadas em Camberra (Austrália), Madri (Espanha) e Califórnia (EUA).
A missão científica da New Horizons é coordenada pelo laboratório de Física Aplicada (APL) da Universidade Johns Hopkins, nos EUA e operada pelo JPL, Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa.
Na semana passada, o APL divulgou uma nova série de imagens desse mundo gelado e que deixou os cientistas bastante eufóricos.
As cenas foram registradas pelo instrumento LORRI (Long-Range Reconnaissance Imager), um dos sete experimentos a bordo da New Horizons e revelam as diferentes manchas da superfície plutoniana na medida em que o planeta anão rotaciona sobre seu eixo.
"Sempre soubemos que Plutão tinha áreas escuras, mas agora começamos a ver o quanto essas manchas são realmente grandes, seus formatos e onde estão localizadas. Isso é fantástico", disse o cientista Cathy Olkin, ligado ao APL.
Além disso, a sonda iniciará o registro diário através de imagens coloridas, que servirão neste momento para estudar a rotação de Plutão.
O objetivo será mapear a composição das superfícies e atmosferas e também tentar localizar novas luas ou anéis ao redor do sistema plutoniano.