O objeto, batizado MU69, se encontra no Cinturão de Kuiper e tem apenas 40 km de diâmetro. No dia 1º de janeiro de 2019 a sonda interplanetária New Horizons passará em suas proximidades e o tornará objeto mais distante já visitado por uma espaçonave.
Os cientistas sabiam que MU69 cruzaria a frente de uma estrela na madrugada de 17 de julho e para registrar o fenômeno levaram 24 telescópios para uma região remota de Chubut e Santa Cruz, na Argentina. O objetivo seria detectar a sombra do asteroide no momento em que passasse na frente da estrela, um trânsito muito rápido que duraria apenas 200 milissegundos.
O problema, de acordo com cientista planetário Jim Green, da NASA, é que mesmo instalados em locais remotos, o farol dos carros nas rodovias a dezenas de quilômetros afetaria o registro da cena.
Por parte do governo, uma grande rodovia nacional foi fechada por duas horas para manter os faróis afastados, além de desligar as luzes das vilas e cidades próximas. Os cidadãos contribuíram e apagaram as luzes de casas e diversos caminhoneiros estacionaram seus veículos de modo a formar uma barreira contra o vento que atingia os telescópios.
A comunidade de Comodoro Rivadavia se juntou e fez coisas incríveis para nós. disse Buie. Eu tenho chamado as pessoas que nos ajudaram de o nosso 12º jogador", explicou o astrônomo.
No fim de 2016, observações feitas pelo Telescópio Hubble mostraram que MU69 é possivelmente vermelho, talvez mais vermelho do que Plutão o planeta anão que foi visitado recentemente pela New Horizons em julho de 2015.