A Shenzhou VI foi lançada na manhã de quarta-feira para realizar uma missão de 119 horas, quase cinco dias. Esse é o segundo vôo espacial tripulado chinês, realizado dois anos depois do primeiro, que foi bem-sucedido. "O dia e a hora do regresso serão fixados em função das condições meteorológicas", acrescentou Wu Guoting, destacando que a nave conta com bastante comida, oxigênio e água para uma missão de sete dias.
A cápsula com os dois homens a bordo deve pousar na Mongólia Interior, na região de Siziwang, 400 km ao noroeste de Pequim. Shenzhou ("nave divina") VI foi ligeiramente desviada na quinta-feira da órbita preestabelecida e se encontrava um pouco mais perto da Terra do que o previsto, uma operação classificada como normal pelos especialistas citados pela imprensa oficial chinesa.
Já o responsável pelo Departamento de Ásia no Center for Naval Analyses (CNA) de Virgínia (EUA), Dean Cheng, disse que, embora todos os vôos orbitais precisem de correções, este desvio é pouco habitual e preocupante. "Em si mesmo, não é um grande problema, mas não explicaram a razão das modificações depois de todos os preparativos. A questão é saber o que não funcionou", afirmou.
AFP