O assunto foi discutido no segundo dia da conferência do clima em Copenhague que vai até a próxima sexta-feira (18). O relatório estima que cerca de 20 milhões de pessoas já ficaram desabrigadas em razão de desastres naturais e que nos próximos anos, a situação tende a se agravar.
Dos milhões de refugiados, só uma pequena parcela tem condições de tentar a vida em lugares melhores. A maioria migra para cidades populosas aumentando os problemas em países menos desenvolvidos e pobres.
"Além da luta imediata diante dos desastres naturais, a migração pode não ser uma opção para os grupos mais pobres e vulneráveis", disse o relatório da OIM. A Organização sugere que os países consigam gerir internamente a migração ambiental, com exceção de algumas ilhas que devem desaparecer sob as águas do mar.
Os fenômenos climáticos responsáveis pela migração variam entre elevação dos oceanos, inundações, poluição da água, desertificação, entre outros, que deverão gerar um grande impacto na população do planeta nos próximos 40 anos.
O Afeganistão, Bangladesh, a maior parte da América Central e partes da África Ocidental e do Sudeste Asiático, foram destacados no estudo como exemplos de áreas mais propensas às grandes migrações.