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Relatório chama atenção para 1 bilhão de refugiados do clima

Quarta-feira, 9 dez 2009 - 10h55
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Um estudo divulgado nesta terça-feira (9) pela Organização Internacional para a Migração (OIM), chamou a atenção para uma das questões mais graves consequência das mudanças climáticas. Segundo o relatório da OIM, 1 bilhão de pessoas devem deixar suas moradias nas próximas quatro décadas por causa de desastres naturais, sendo os eventos extremos relacionados a tormentas ou seca.

O assunto foi discutido no segundo dia da conferência do clima em Copenhague que vai até a próxima sexta-feira (18). O relatório estima que cerca de 20 milhões de pessoas já ficaram desabrigadas em razão de desastres naturais e que nos próximos anos, a situação tende a se agravar.

Dos milhões de refugiados, só uma pequena parcela tem condições de tentar a vida em lugares melhores. A maioria migra para cidades populosas aumentando os problemas em países menos desenvolvidos e pobres.
"Além da luta imediata diante dos desastres naturais, a migração pode não ser uma opção para os grupos mais pobres e vulneráveis", disse o relatório da OIM. A Organização sugere que os países consigam gerir internamente a migração ambiental, com exceção de algumas ilhas que devem desaparecer sob as águas do mar.

Os fenômenos climáticos responsáveis pela migração variam entre elevação dos oceanos, inundações, poluição da água, desertificação, entre outros, que deverão gerar um grande impacto na população do planeta nos próximos 40 anos.

O Afeganistão, Bangladesh, a maior parte da América Central e partes da África Ocidental e do Sudeste Asiático, foram destacados no estudo como exemplos de áreas mais propensas às grandes migrações.


Foto: Imagem feita em maio de 2003 mostra solo em área de fazenda ao norte de Querência,MT, que já sofre com o processo de desertificação. Crédito: Rosely Sanches/Instituto Sócioambiental.

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