O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, divulgou ontem novo levantamento que mostra uma redução de 30% nos níveis de desmatamento da região amazônica. O estudo compara dados coletados entre agosto de 2005 e 2006 com o mesmo período do ano anterior.

Esse é o segundo menor nível de desmatamento verificado naquela região desde que o Instituto iniciou esse tipo de pesquisa, em 1988.

De acordo com o INPE, entre agosto 2005 e agosto 2006 a área desmatada é de aproximadamente 13.100 quilômetros quadrados, com margem de erro de 10%. Segundo o INPE, esses números indicam uma queda de 30% no nível de desmatamento, comparada ao período anterior, entre 2004 e 2005.

O estudo

O estudo foi apresentado no Palácio do Planalto e teve a presença do presidente da República, Luiz inácio Lula da Silva e da ministra do meio ambiente Marina Silva.

Durante a solenidade, Lula não poupou críticas aos países desenvolvidos que, de acordo com ele, não dão a mínima para tratados internacionais além de terem interesses na região Amazônica.

"Os países desenvolvidos têm poucos conselhos a nos dar sobre como cuidar do meio ambiente. Porque só foram descobrir que era necessário cuidar, quando já tinham desmatado todo o seu território", afirmou Lula.

Para se chegar a esses números, o INPE utilizou 34 imagens de satélites, cobrindo a região amazônica responsável por 67% do desmatamento entre 2004 e 2005.

O INPE também esclarece que a estimativa foi produzida para ser apresentada pelo Brasil na Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas. A conferência acontecerá em Nairóbi, no Quênia, no início de novembro.

Durante a conferência, o Brasil defenderá sua proposta de criação de um fundo internacional para redução do desmatamento nas florestas tropicais.

Gráfico: Mosaico de imagens elaborado pelo INPE, em 2004, mostra as grandes áreas desmatadas, destacadas em amarelo e preto.

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