Batizado de Djedi, o robô explorador foi criado por pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e está sendo utilizado por uma equipe internacional de cientistas que estudam a construção da pirâmide. Dotado de uma câmera de apenas 8 milímetros, chamada "snake", o robô penetrou em um compartimento instalado ao final de um longo corredor e que segundo os pesquisadores seria impossível de ser explorado por um ser humano.
Além da câmera ultracompacta, Djedi conta com outros equipamentos que devem ajudar bastante no estudo da pirâmide. Entre eles está um dispositivo de ultrassom capaz de medir espessura de paredes e um segundo robô satélite, chamado "Besouro", que pode penetrar em espaços de até 19 milímetros.
As cenas mostravam hieróglifos feitos com tinta vermelha, que no entender dos estudiosos foram feitos pelos homens que trabalharam na construção do monumento. Até agora, apenas na câmara do Rei haviam sido encontradas marcas parecidas.
Além das marcas, o robô também revelou detalhes interessantes dentro da câmara, entre eles dois pequenos pinos forjados em cobre localizados logo na entrada do local. Segundo Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, a presença dessas peças intriga há mais de 20 anos os arqueólogos. "Esses pinos são os únicos metais usados na construção da Grande Pirâmide, mas até agora não sabemos para que servem", disse o egiptólogo que também pertence à equipe que trabalha com o robô Djedi.
As novas imagens foram feitas de um ângulo inédito e mostram detalhes que deverão ajudar a entender se os pinos eram usados como simples maçanetas ou se faziam parte de um sistema mais complexo.