Espaço - Ciência - Fenômenos Naturais

Rosetta se aproxima da Terra e parte forte em direção a cometa

Sexta-feira, 13 nov 2009 - 15h07
Por
A sonda europeia Rosetta atingiu as 05h46 da manhã desta sexta-feira seu ponto de maior aproximação com a Terra, ganhando forte impulso gravitacional que a arremessou em direção ao cometa Churyumov-Gerasimenko, com o qual deverá se encontrar em maio de 2014.


Clique para ampliar

Durante a aproximação, Rosetta fez diversas fotos do nosso planeta e registrou uma bela imagem da Terra crescente, mostrando parte da América do Sul e Antártida, além das luzes das cidades americanas sob a escuridão da noite.

Momentos antes Rosetta sobrevoou o oceano Índico a apenas 2480 km de altitude acima da ilha de Java, na indonésia, quando graças à atração gravitacional da Terra teve sua velocidade aumentada em mais de 3.5 km/s. Esta é a terceira vez que a sonda caçadora de cometas se aproxima da Terra para ganhar impulso.


Clique para ampliar

Das 7.1 bilhões de quilômetros programados para sua jornada, Rosetta já percorreu 4.5 bilhões. Além da Terra, a sonda também ganhou impulso ao sobrevoar o planeta Marte em 2007. Esse empurrão fez com que a sonda alcançasse o asteroide Steins, em 5 de setembro de 2008. A próxima aproximação antes de chegar ao cometa Churyumov-Gerasimenko será nas proximidades do asteroide 21 Lutetia, prevista para ocorrer em julho de 2010.


Asteroides e cometas


Após o estudo de Lutetia e Steins, situados na região conhecida como "cinturão de asteroides", localizado entre as órbitas de Marte e Júpiter, a sonda se dirigirá ao cometa Churyumov-Gerasimenko, do qual deverá se aproximar em 2014.

O motivo dos pesquisadores terem escolhido esses asteroides, entre os milhares que orbitam no cinturão, é que ambos têm características bem diferentes. Enquanto Steins é relativamente pequeno, com alguns quilômetros de diâmetro, Lutétia é um objeto bem maior, com aproximadamente 100 quilômetros.

A missão da sonda é coletar um volume maior de dados sobre os asteroides e cometas, que de acordo com os cientistas, contém importantes informações sobre a origem e formação do Sistema Solar.

O cometa


Ao se aproximar da órbita do 67P/Churyumov-Gerasimenko em 2014, a sonda irá liberar um pequeno explorador de 100 quilos, que deverá pousar na superfície gelada do núcleo do cometa e estudá-lo de maneira profunda. Segundo os responsáveis pelo projeto, esta é a mais complexa exploração de um cometa jamais vista.

O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko tem um núcleo de 4 quilômetros de largura e orbita o Sol a cada 6.6 anos. Em seu afélio, ponto de maior afastamento do Sol, sua distância chega a atingir 857 milhões de quilômetros, enquanto seu periélio, menor distância da estrela, é de 186 milhões de quilômetros, um pouco maior que a distância da Terra ao Sol. O cometa foi descoberto em 1969 por Konstantin Churyumov, da Universidade de Kiev, na Ucrânia e seu colega S. Gerasimenko, do Instituto de Astrofísica do Tajiquistão.

Uma vez liberada a sonda, a nave Rosetta passará dois anos orbitando o cometa, que retorna em direção ao Sol, ao mesmo tempo que recebe dados enviados de sua superfície. A missão iniciada em 2 de março de 2004 termina em dezembro de 2015, após a nave passar novamente próximo à Terra e ter completado 4 mil dias no espaço.

Saiba mais sobre a sonda Rosetta e sua missão


Fotos: Dois momentos registrados durante a aproximação da sonda europeia Rosetta mostram a Terra crescente contra o fundo escuro do Sistema Solar. As feições registradas são parte da América do Sul e do continente Antártico. Crédito: ESA

LEIA MAIS NOTÍCIAS


APOLO11.COM
Todos os direitos reservados - 2000 - 2024

"Prefiro uma mentira que me favoreça a uma verdade que me prejudique" - Provérbio Escocês