Após um pouso ligeiramente desajeitado, que a colocou a mais de 1 km do local planejado e fora da orientação solar necessária para recarregar suas baterias, a pequena nave Philae possivelmente encerrou sua missão.
De acordo com a agência espacial europeia, ESA, o último contato com a sonda ocorreu às 20h36 de sexta-feira, quando Philae enviou à nave-mãe Rosetta todos os parâmetros da telemetria de bordo e os dados científicos dos experimentos realizados, entre eles os instrumentos ROLIS, COSAC, Ptolemy, SD2 e CONSERT.
Além disso, o centro de controle da missão enviou comandos para a Philae erguer 4 cm e rotacionar o corpo em 35 graus, na última tentativa de fazer os painéis solares captarem mais energia, já que as baterias estavam decaindo rapidamente.
Em conferência realizada ontem, os engenheiros responsáveis pela missão informaram que após o pouso a Philae ficou ligeiramente inclinada, com os painéis obstruídos por duas rochas. Isso fez com que a sonda recebesse apenas 1h30 de luz por dia, muito abaixo das 12 horas diárias requeridas para recarga das baterias.
O contato com a sonda através da nave-mãe permaneceu relativamente estável até por volta das 22h30, quando a sonda entrou no modo de segurança devido à baixa tensão da bateria. Alguns minutos depois um novo pacote de dados foi enviado. As 22h44, Elsa montagnon, chefe de operações da missão Rosetta, declarou: "Perdemos o link".
Segundo Montagnon, é possível que as baterias da Philae se recarreguem, mas isso pode levar vários dias. Caso isso aconteça, a nave-mãe Rosetta captará o sinal da sonda, mas essa situação não é esperada. Caso ocorra, será um bônus para a missão, já que todas os experimentos programados foram realizados, gerando inúmeros dados que serão agora analisados.