De acordo com dados da agência de notícias Interfax, desde que começaram os testes com esse tipo de foguete a Rússia já efetuou onze disparos e seis deles fracassaram. Tecnicamente chamado R30 3M30 Bulava-30, o míssil é a versão marítima do míssil balístico intercontinental terrestre Topol, capaz de carregar até dez ogivas nucleares e atingir alvos a mais de 8 mil quilômetros de distância.
O estranho objeto surgiu na última terça-feira de trás de montanhas no norte da Noruega e deixou atônitos os moradores de diversas cidades. O fenômeno iniciou como uma luz azulada e em seguida parou acima do horizonte e começou a girar até formar uma gigantesca espiral que cobriu todo o céu. Em seguida, um feixe de luz verde-azulado saiu de dentro do objeto e assim permaneceu durante 20 minutos até desaparecer.
Inicialmente, alguns analistas consideraram que a estranha luz poderia ter sido causada por uma tempestade geomagnética induzindo a formação de auroras boreais, mas essa hipótese foi rapidamente descartada já que não havia previsão de tempestades solares, além de que os noruegueses são bastante familiarizados com esse tipo de fenômeno.
Segundo Alexander Konovalov, chefe do Instituto de Avaliação Estratégica, localizado em Moscou, os russos terão muito trabalho para fazer esse míssil funcionar. "Isso é muito preocupante, com consequências bastante negativas sobre as forças nucleares russas", disse Konovalov.
"Algumas vezes esse fenômeno pode ser visto quando um míssil falha na alta atmosfera, mas dessa vez a única consequência foi um belo espetáculo pirotécnico sobre a Noruega", finalizou o analista Felgenhauer.
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